Tuesday, December 13, 2005

Aos anjos

Com esse teu sorriso,
não me deste outra alternativa
se não ficar cativo nele.

Tiveste-me desde o primeiro momento
em que apareceste à minha frente.
Desde aí que sou teu. Irremediavelmente.
Serei teu até tu me quereres de verdade…


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Nesse teu sorriso, eu reaprendi a amar…
Esse sentimento que já não era meu.
Devolveste-me a esperança de poder fazer alguém feliz.
que nunca eu…
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É-me impossível parar de pensar em ti.
De noite não durmo, porque recordo as conversas que nunca
chegaram a ter lugar.
Durante o dia, finjo-me valente e imagino as conversas todas
que poderíamos ter.
E nos entretantos, (e são esses que tanto doem) nessa angústia
que são os momentos intermédios,
digo-te tudo o que não tenho coragem de te dizer,
e tu ouves, sempre com esse teu sorriso nos lábios.

(Se me fizeres um EEG
vais ler tudo o que sinto por ti??)

O que me custa mais,
o que mais me dói no espírito
é saber que nunca te direi nada do que aqui está escrito.
É não saber o que fazer com todos estes sentimentos
que me enchem a alma, que fazem palpitar o meu coração.

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Fosse eu poeta, tivesse eu a arte e o engenho
para te escrever um poema,
serias cantada por todo o mundo,
pois és, se não a mais inspiradora das musas,
pelo menos a mais bela.

Fosse eu compositor, dedicar-te-ia as maiores
árias de uma ópera feliz.
Fosse eu homem e dizer-te-ia isto tudo
olhos nos olhos. Depois vinha-me embora.
Como se nada de especial te tivesse dito,
sem olhar para trás, com a esperança de sentir
a tua mão no meu ombro a puxar por mim.

Mas não…este papel será o único guardador deste segredo.
Disto, tu nunca terás memória.

Triste sina esta, a de um amante menor….

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